A um ano da eleição que definirá os rumos do país e do Rio Grande do Sul, Santa Maria pode vir a ter um protagonismo poucas vezes visto em sua história recente. Isso porque o nome do prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) figura nos planos do tucanato estadual. Ou seja, o advogado _ formado pela UFSM e que fez o nome da família Pozzobom uma marca da política santa-mariense _ pode ser alçado à condição de candidato. A ideia inicial, e que já é cotada, é de que ele possa buscar uma vaga na Câmara Federal. Mas há ainda a possibilidade de que ele seja, inclusive, o nome do PSDB gaúcho na tentativa de manutenção do comando do Piratini.
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Óbvio que isso tudo observa a um contexto nacional do próprio PSDB, em que o governador Eduardo Leite rivaliza com o também governador da maior economia do país, João Doria, para ser o nome dos tucanos na disputa à presidência da República. O fato é que dentro do próprio PSDB nem mesmo os tucanos acreditam que o vice-governador Ranolfo Vieira Júnior, recém filiado ao partido, tenha condições de fazer frente à forte oposição _ tanto da esquerda quanto da direita _ que irá vir sedenta para levar o pleito do ano que vem.
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A lista de tucanos possíveis traz ainda os nomes do ex-prefeito de Porto Alegre Nelson Marchezan Júnior e também da atual prefeita de Pelotas, Paula Mascarenhas. Aliás, Paula é "cria" de Leite e teria, em tese, ligeira vantagem. Mas, ao mesmo tempo, o trânsito político de Pozzobom, bem como o fato de já ter sido duas vezes deputado estadual acabam o cacifando a ter mais "crédito" nessa disputa.
APOSTA ARRISCADA
Mais complicado ainda seria o PSDB optar pelo polêmico Nelson Marcheza Júnior. Até porque ele sequer conseguiu emplacar um segundo mandato. Neste quesito, Pozzobom larga na frente. Pozzobom, inclusive, tem muito mais trato e capacidade de diálogo do que Marchezan, que teve uma gestão marcada, bem como uma disputa eleitoral, por embates. Muitos, sem exagero algum, denecessários.
Há, contudo, um temor por parte do próprio prefeito e dos que estão próximo dele junto à prefeitura, o de que Pozzobom acabe tendo a imagem prejudicada. Pozzobom, por ele, afirmou que a disposição e o compromisso dele são um só: o de concluir o mandato em 31 de dezembro de 2024. Porém, tudo isso passa pela definição, a ser conhecida em novembro, de qual será o nome do PSDB a disputar a presidência da República pelo partido.
Então, Pozzobom segue em compasso de espera. Ao mesmo tempo, em que é lembrado por pares que pode alçar voos maiores, o chefe do Executivo municipal terá de decidir ou, simplesmente, acatar a decisão do partido. Se isso acontecer, o vice-prefeito, Rodrigo Decimo (PSL), que vem, inclusive, já treinando para isso _ ser prefeito _ terá, de fato, o protagonismo, que lhe já é confiado.